Poderíamos comparar diferentes civilizações, diferentes povos ou nações, alegando que o atual grau civilizatório representa o quanto de desenvolvimento a referida sociedade possuí, ou, por outras palavras, poder-se-ía alegar que se uma sociedade evoluiu é porque acumulou méritos para tanto. O único problema nessa teoria é que não sabemos se houve igualdade de oportunidades ou de tratamento entre as duas nações consideradas ao longo das suas histórias.
Comparar um Japão, que certamente possuí um dos mais altos graus civilizatórios na atualidade, e que foi destruído na Segunda Guerra Mundial, mas totalmente reconstruído com o capital dos aliados, com uma nação africana qualquer não é uma comparação justa. É muito difícil isolar o quanto representa o fator povo isolado nessa equação.
Nessas sociedade menos desenvolvidas, a nossa certamente incluída nesse rol, a luta diária pela sobrevivência ainda é uma realidade. Muitos dos crimes ainda tem o caráter famélico, o caráter da sobrevivência. As oportunidades são restritas, os empregos são excassos, muitas vezes, dependendo do ramo, da qualificação do pretendente, ou da sua idade, são inexistentes.
É muito fácil filosofar de barriga cheia, mas quando o fantasma da fome, da doença, enfim, quando a sobrevivência está em risco, certas atitudes desesperadas começam a fazer todo sentido.
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